domingo, 12 de julho de 2009

Sujeira, e mais sujeira...

"A crise não é minha, é do Senado". A crise também é dele, José Sarney. Não há como convencer de que as denúncias e irregularidades sejam um problema institucional que passa ao largo da responsabilidade do presidente. Afinal alguém em tal cargo deve está à frente de tudo que se passa na instituição. Sarney, insatisfeito com o que já tinha feito no Maranhão, estendeu a sujeira para o Senado federal.

Nepotismo, contas secretas, atos secretos... A quantidade de escândalos foi tão grande que ao tentar jogá-los para debaixo do tapete, no caso o foro privilegiado, um se sobrepôs sobre o outro formando-se uma grande montanha de lixo que ficou impossível de esconder e explicar. A população desiludiu-se com os políticos quando apenas uma pequena parte deles se importa com o desenvolvimento do país. Deveria existir um tratamento mais rigoroso para os políticos pois representam os interesses dos eleitores.

Nos últimos cinco meses o Congresso simplesmente gastou todo seu tempo em debates vazios e disputa entre governos, não votando nada de importante para o povo. O Senado Federal sente falta de políticos que andam junto com o Brasil, e a maioria dos que estão lá deveriam ser julgados em Justiça comum. É para tudo isso que vem acontecendo que elegemos os senadores em poder?

Se a população realmente quer mudar o que vêm ocorrendo em Brasília deve mudar a si própria. Fica difícil controlar os políticos se conforme o tempo passa os eleitores se corrompem por uma esmola, que é algo momentâneo, quando poderiam ter um representante determinado, que mudaria a sua história e de sua cidade para sempre. Fica como lição a grande frase de Eça de Queiroz que resume tudo pelo que passamos: "Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente e pela mesma razão".

Abraços.


Um comentário:

  1. Eça escrevia difícil demais pro meu gosto, mas essa frase aí é boa... E gostei do que você disse sobre a população, os eleitores se corrompem por pouco. Já passou da hora das pessoas verem que o problema não é só os políticos, e também as pessoas que os elegem.

    ResponderExcluir